Brat 2
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:36:00
Primeiro em Nova Iorque,
trabalhei no serviço de acompanhantes,

:36:06
depois cocaína, crack...
:36:10
Fugi para Chicago
com um gordo que depois me deixou.

:36:14
Liguei-me ao cabrão desse preto.
Embora, não se deva falar mal dos mortos.

:36:19
Que se lixe, são tudo tristes banalidades.
:36:22
Sabes, a ultima vez que
estive assim sentada, foi em 1984.

:36:27
Fomos fazer campismo ao lago
:36:31
Regressa connosco a casa.
Lá está-se bem.

:36:35
O que é que eu vou lá fazer?
E aqui o que é que fazes?

:36:41
Eu gosto de estar aqui.
Na América está todo a força do Mundo.

:36:45
- No que é que está a força, irmão?
- No dinheiro!

:36:50
O dinheiro governa o Mundo.
E quem tem mais dinheiro é o mais forte.

:36:55
Tudo bem, tinhas muito dinheiro
e o que é que farias?

:37:00
- Comprava toda a gente.
- A mim também?

:37:13
O que é que ele quer?
Apetece-lhe lagostins?

:37:16
- O que é que queres?
- Diz que é porcaria.

:37:19
Os lagostins comem a porcaria do fundo.
Não se devem comer.

:37:24
Porcaria, o que?
:37:27
Olha para ti, preto como um cabrão.
:37:32
- Desaparece daqui
- Negro, vai, vai...

:37:35
A quem é chamastes negro?
Eu já te mostro o negro...

:37:39
Não devias tê-lo chamado "negro".
:37:41
- Ele é o que?
- Afroamericano

:37:44
- Qual é a diferença?
- "Negro" para eles é um insulto.

:37:48
A mim ensinaram-me na escola:
na China vivem chineses,

:37:51
na Alemanha - alemães,
em Israel - judeus e em África - negros.

:37:56
Eu penso que a força está neles.
:37:59
Há neles algo de primitivo, de animal,

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