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Não o acabei.
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Eu improviso um.
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Nem sei bem qual deveria ser
o tema da minha homilia, hoje.
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Vou falar do milagre da divina
transubstanciação de Nosso Senhor?
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Não me parece.
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Não quero falar da Sua divindade.
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Prefiro falar da Sua humanidade.
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Sabeis como viveu a Sua vida
aqui em baixo, na Terra.
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Conheceis a Sua bondade,
a Sua tolerância...
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Eis o que eu penso.
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Que não podemos medir a nossa bon-
dade por aquilo que não fazemos.
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Pelo que negamos a nós próprios,
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pelo que resistimos,
por aqueles que excluímos.
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Devíamos sim era medir a bon-
dade por aquilo que abarcamos.
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Pelo que criamos.
Por aqueles que incluímos.
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Não seria o sermão mais fogoso
que o Père Henri faria na vida.
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Nem o mais eloquente.
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Mas os paroquianos tiveram
uma sensação nova naquele dia.
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Um novo fulgor espiritual.
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Uma libertação
da antiga tranquillité.