:23:02
Escovem os dentes. E pouco barulho,
a bebé está a dormir.
:23:06
Tem uns belos filhos.
:23:08
Bom... Decerto que hei-de
acabar por estragá-los.
:23:13
Por quê?
:23:15
Não sou boa a julgar as pessoas,
ou nunca os teria deixado...
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...com aquela idiota, que custava
tanto e cheirava a gordura de galinha.
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E depois de a encontrar e a matar...
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...não sei o que vou fazer.
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Se precisa de ajuda com eles,
não me importo.
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-Não deixo os meus filhos consigo.
-Por quê?
:23:35
-Nem sequer o conheço.
-Que quer saber?
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-Obrigada por hoje...
-Não tem de quê.
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O prazer foi todo meu.
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Quantos baralhos tinham vocês?
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Mais do que o suficiente.
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Tem assim tantos amigos
que não precise de mais um?
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Se precisa de alguém que lhe olhe
pelos filhos depois da escola...
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...estou sem trabalho agora.
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Bela recomendação:
"Sou desempregado."
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Por opção.
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Trabalho quando preciso.
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Que faz no resto do tempo?
Vive do seu fundo?
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Faço construção civil, que paga bem,
e faço com que dure vivendo sem luxos.
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Isso foi para me impressionar?
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Ei. Cama.
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Os seus pequenos fantasmas.
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É sempre tão dura
com quem tenta ajudá-la?
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Estou destreinada.
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Bom, então deixe-me recordar-lho.
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O mais educado é dizer obrigado.
Começaria por aí.
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Depois, " Ei, essa proposta
é muito simpática.
:24:37
Não me importo de aceitar."
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Por que quer olhar pelos meus filhos?
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-Gosto de crianças.
-Pois.
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Gosto de estar com eles.
São simples.
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Está em casa todas as tardes?
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Geralmente só trato da mota.
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Se não resultar, pode recambiá-los
para a mulher da gordura de galinha.