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não se trata de ser bom,
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mas de ser muito bom.
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A velocidade do seu progresso
desde a antiga escola para esta é invulgar,
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ao ponto de me fazer tirar
uma ou duas conclusões:
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Você foi abençoado com um dom raro,
que só agora despertou,
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ou...
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a sua inspiração vem de outro sítio.
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Dada a sua educação anterior
e o seu passado,
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tenho a certeza que me perdoarà
por ter tirado as minhas conclusões.
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Eu escrevi essas composições.
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Então, não serà difícil provar-me.
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O próximo trabalho
é para daqui a duas semanas.
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Reservarei um tempo
para que venha ao meu gabinete.
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Quero que o escreva là.
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Entretanto, se quiser falar de algo...
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Não vou escrever nada.
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E isso prova o quê?
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Se tivesse sido um aluno de dois-pontos,
teria dito: "Dado o seu passado"?
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-Dois-pontos?
-$1.000.000.
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Um ponto, dois pontos.
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Não, não teria.
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Sabes o que as pessoas mais temem?
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-O quê?
-Aquilo que não compreendem.
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Quando não compreendemos,
saltamos para conclusões.
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O Crawford não compreende...
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como é que um preto do Bronx
é capaz de escrever como tu o fazes.
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Por isso, conclui que não és capaz.
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Tal como concluo que ele é parvo.
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Conheceu-o?
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O Crawford? Não.
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Mas ele julgou conhecer-me.
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Então, como soube aquilo do livro dele?
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Muitos escritores
conhecem as regras da escrita,
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mas não sabem escrever.
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E?
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O Crawford escreveu um livro
sobre quatro autores que o sabiam.