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Parabéns, Rob.
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Eu acho que sempre fui um crítico
profiissional,
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uma espécie de apreciador
profissional ou uma coisa dessas.
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Queria fazer algo de novo,
pôr alguma coisa nova no mundo.
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Passar das palavras aos actos.
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Epá! Eu ia adorar as canções.
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Eu mando-lhe um CD.
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Recebê-lo-ei com muito gosto.
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- E eu enviá-lo-ei com muito gosto.
- Voltemos à entrevista.
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Qual é o seu top 5 de canções
predilectas de sempre?
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Na discoteca ou em casa?
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Escute. Tenho uma ideia.
Vou gravar-lhe uma cassete.
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Gravar uma compilação de temas
é uma arte subtil.
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Há regras para coisas
a fazer e outras a evitar.
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Estamos a servir-nos de poesia
alheia para exprimir o que sentimos.
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Isto é uma coisa delicada.
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Por isso, para esta,
estou a pensar...
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Estou a pensar...
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- Quando terminará isto?!
- Isto o quê?
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Nada.
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Para quem é a cassete?
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Para uma rapariga que me fez
uma entrevista para o Reader.
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O que faço? Continuo a saltar
de pedra em pedra toda a vida
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até já não haver mais pedras?
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Fujo assim que me dá aquele aperto
nas tripas ao conhecer outra mulher?
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Desde os meus 14 anos que penso
com as tripas e, sinceramente,
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cheguei à conclusão que as minhas
tripas têm miolos de merda.