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Ouve bem o que te digo,
pois só o direi uma vez.
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Não estou a tramar nada
no teu hotel!
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Tive o azar do meu cliente
estar hospedado cá. Só isso!
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Se interferires de alguma forma,
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se, por tua culpa, perco o negócio,
juro que te mato.
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- Não matas ninguém.
- Não me conheces!
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- Que fazes?
- Meus amigos, chegaram!
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Estão bem acompanhados.
E o melhor do hotel.
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- Já se conheciam?
- Sim, há muito tempo.
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- A senhora é minha irmã.
- A sério?
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lsso é muito interessante.
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Vou fechar negócio
com o teu irmão. Ficarão ricos.
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- Só se for ele. Eu não.
- Caramba!
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- Noto uma certa tensão no ar.
- É melhor irmos para o quarto.
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e resolvermos isto.
- Boa.
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Resolvamos o assunto.
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- Estás bem? Magoou-te?
- Não. Estou bem.
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Acabo de alterar o acordo.
Fiz-lhe um acrescento.
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- No preço?
- Não, no pacote.
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- Quero incluí-la a ela.
- À Valeria?
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Sim.
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Saber que é tua irmã,
ainda me excita mais.
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É só por uma noite,
esta noite.
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Desde que cheguei
que quero comê-la.
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Não podia, mas agora posso.
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- Queres a massa? Convence-a.
- E se não quiser?
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Adeus negócio.
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Está disposto a perder os selos
por uma queca?
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Muito mais do que tu estás disposto
a perder a massa.
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Ela que me leve os selos.
Tem de ser ela.
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Não os aceito de mais ninguém.