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"Uma peculiar concentração
de paixão e de técnica,
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"energia violenta,
virtuosismo...
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Não deve prejudicar
a mulher ser amante do crítico.
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Estão a falar de quem?
- Do de Kooning.
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"Virtuosismo" é exagero,
mas lá que a exposição foi boa...
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Viste-a?
- Isto não é a Sibéria.
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Ah, agora também és crítica?
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Ninguém sabe que eu existo!
Quem fala sobre mim?
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Eu, sempre que expões.
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És o único, e de que me servem
os teus elogios?
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É tudo muito novo,
dá tempo ao tempo...
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Estamos lisos!
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Tenho de andar à amêijoa
e não vejo o de Kooning a andar.
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É difícil para todos,
mas o teu dia virá.
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Quando?
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Acabo de participar numa mesa
redonda sobre a arte moderna
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organizada pela revista Life,
bolas.
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A América é agora o centro
da civilização Ocidental
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e a tua arte é a mais original
e vigorosa que o país produz;
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continua assim que a crítica
acaba percebendo.
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Não me digas que continue,
é o que estou a fazer.
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O Papa Clemente picou-te?
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Adoro todas as mulheres!
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Ele sabe o que faz!
- A casa é minha, percebes?
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Tipa mais tarada...
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A casa é minha!
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Pronto, acabou-se...
Ainda bem que se acabou.