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Porém, imagino que não consigam
manter esse ritmo constante.
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Já para não falar
do desaparecimento dos corpos.
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Os camiões são temporários.
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Dispomos de três campos com câmaras
de gás que funcionarão continuamente.
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- Desculpe.
- Com certeza.
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Antes da indisposição do General,
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ia falar de Belzec, Sobibor
e Treblinka.
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O charuto era óptimo.
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Os campos acabarão por ser
os locais principais.
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No Verão, o Marechal Himmler
pediu-me que visitasse um campo
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na Alta Silésia chamado Auschwitz,
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bastante isolado e perto
de vias-férreas importantes.
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Estamos a transformá-lo num grande
centro, com boas infra-estruturas.
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É aqui que a sua mão-de-obra judia
entra em cena, caro Neumann.
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Os judeus transportam os tijolos
e constroem os edifícios.
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Quando a estrutura estiver pronta,
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contamos poder gasear
2.500 pessoas por hora.
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Notem que disse por hora
e não por dia.
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Esses números
são bem mais animadores.
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- 2.500 por hora?
- 2.500?
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2.500 vezes 24 horas
dá 60.000.
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60.000 por dia.
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Isso equivale
a 21.900.000 judeus por ano,
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se é que há assim tantos.
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Também estamos a construir
um meio de destruir os corpos,
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que dependerá obviamente
do processo de combustão.
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Será um empreendimento industrial,
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de fornos a gás,
praticamente sem resíduos.
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Diariamente, 60.000 judeus
esfumar-se-ão.
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Conseguiremos. Imaginem.
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Será uma linha de montagem.
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Sim. Os astutos dos americanos
deram-nos o exemplo,