Conspiracy
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1:19:03
Que história me ia contar?
1:19:05
- História?
- A do Kritzinger.

1:19:07
Sim. Contou-me a história
de um homem que conheceu toda a vida,

1:19:10
um amigo de infância,
1:19:12
que odiava o pai
e amava loucamente a mãe.

1:19:14
A mãe era-lhe muito dedicada,
1:19:16
mas o pai batia-lhe,
diminuía-o e deserdou-o.

1:19:19
O rapaz tornou-se adulto
e tinha 30 anos quando a mãe morreu.

1:19:23
A mãe que o criara e protegera
tinha morrido.

1:19:28
Enquanto baixavam o caixão dela,
1:19:31
ele tentou chorar,
mas não conseguiu.

1:19:37
O pai viveu longos anos.
1:19:39
Foi mirrando e morreu quando o filho
tinha 50 anos, creio eu.

1:19:41
No funeral do pai,
para sua grande surpresa,

1:19:44
ele não conseguiu
conter as lágrimas.

1:19:48
Chorou, soluçou;
parecia inconsolável

1:19:53
e até desesperado.
1:19:56
Foi esta a história
que o Kritzinger me contou.

1:20:01
- Não percebo.
- Não?

1:20:05
Durante toda a sua vida, o homem
foi movido pelo ódio que tinha ao pai.

1:20:09
A morte da mãe foi uma perda,
mas a morte do pai...

1:20:13
Quando perdeu o alvo
do seu ódio,

1:20:16
a vida do homem ficou vazia,
acabou-se.

1:20:22
Interessante.
1:20:24
Foi esse o alerta de Kritzinger.
1:20:29
Como assim? De que não devíamos
odiar os israelitas?

1:20:32
Não. De que o ódio não devia
dominar tanto as nossas vidas,

1:20:35
pois quando eles tiverem morrido,
deixaremos de ter razões para viver.

1:20:40
Assim reza a História.
1:20:44
Não sentirem a falta deles.
1:20:50
É hora.
1:20:53
Disse que me levava
a dar uma volta no seu avião.

1:20:55
Sim, haveremos de o fazer,
mas não depois de ter comido.

1:20:58
- Sexta-feira?
- Estará tudo preparado.


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