1:09:00
- lsto é a pílula de segunda-feira.
- Sim?
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- Hoje é terça-feira.
- Tens razão, esqueci-me de a tomar.
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É só isso que tens para me dizer?
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Não te preocupes, tomo as duas hoje,
passo a vida a fazer isso.
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Pois não, só que daqui
a nove meses nasce um bebé.
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Não te preocupes, François,
eu sei o que faço.
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Vou experimentar aqui.
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- Michéle.
- O que foi?
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Porque deixaste a minha mãe
ir para casa sozinha?
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Que disparate,
ofereci-me para a levar.
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O meu pai está doente e deixaste-a
ir sozinha, não acho nada bem.
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Vou experimentar aqui.
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Vou levá-la outra vez
para o quarto porque aqui não dá.
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Não mintas, ela disse-me que não.
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Deixa-la ir ao frio quando o meu pai
está doente, não acho nada bem.
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- Ela disse-te que não a quis levar?
- Sim.
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- E que a deixaste ir sozinha ao frio.
- Não está assim tanto frio!
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Não é razão para a deixares
sozinha á noite...
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Eram 4 da tarde, ela já é crescida.
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- Já chega! ''Já é crescida''!
- Por amor de Deus!
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Quando tu tens um problema,
toda a gente tem de se preocupar,
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quando é a minha mãe, não interessa!
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Já te disse que me ofereci
para a levar e ela não quis!
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- Não é verdade.
- É, sim.
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- Não acreditas em mim?
- Não.
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- Ofereci-me para a levar.
- Não.
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Sim, ofereci-me para a levar!
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A minha mãe tenta mostrar
que te aceitou na família,
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e em troca tu recusas levá-la.
- Desculpa, mas não foi nada óbvio.
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- Da próxima, levo-a.
- Está bem, da próxima!
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- O que se passa?
- Deixa-me.
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- Já te disse para não me tocares!
- E se eu quiser?
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- Não, não quero que me toques!
- Ai não?
1:10:42
- O que tens? Tens febre?
- Não, repugnas-me quando me tocas.
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Tenho a sensacão de não estar
ninguém á minha frente.
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Tenho a sensação de que não és nada.
Quando me tocas, sinto nojo.
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- Vou telefonar. Qual é o número?
- O quê?