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É um longo caminho para baixo.
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Nem sequer vai sentir.
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um momento de terror, suspenso
na eternidade, e acabou-se.
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Não me interessa.
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As pessoas cometem suicídio
porque se interessam.
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Suicídio?
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Vida, morte.
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Alegre, triste.
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Prazer, dor.
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É tudo o mesmo.
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Não acredita que há uma razão
para tudo o que acontece?
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Sem céu, sem inferno,
nem bem, nem mal.
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Deus é uma anedota,
no interior de um pesadelo.
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-Não acredito em nada.
-Então porquê desesperar?
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Porque não fazer tudo aquilo
que lhe apetece fazer?
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Eu gosto dele.
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Ele até a si próprio mente.
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O que quer dizer?
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Se não lhe interessa, então não
se importa que eu lhe toque?
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Eu posso ajudá-lo.
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Porquê ser como o resto dos
palermas?
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Posso oferecer-lhe uma vida nova,
em que nada lhe pode fazer mal,
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vida eterna, para além
do bem e do mal.
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Onde tudo o que importa
são os seus desejos.
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Pode ter o poder de exprimir
aquilo que sente.
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-Eu não sinto nada.
-Sente alguma coisa.
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Não há dúvida sobre isso.
Sente alguma coisa.
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Sinto...
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-Ódio.
-Ódio é bom.
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...para quem o pôs aqui.
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Quero arrancar-lhe o coração!
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Posso dar-lhe o poder da vingança.
Para sempre...
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Tudo o que peço em troca é...
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... a sua alma.
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Não é pedir muito, pois não?
A alguém que não acredita em nada?