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E depois deu a maçã ao Adão
para que ele também soubesse.
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Porque estavam apaixonados.
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E aquilo foi bom...
eles passaram a saber.
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Hedwig,
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não me queres dar a maçã?
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As palavras
que saíam daqueles lábios!
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E os seus olhos!
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As íris eram límpidos cilindros
de uma surpreendente profundidade
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e um vazio enorme,
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onde apenas chapinhavam
algumas poças de uma dor azulada.
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O mesmo azul dos meus olhos.
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As interpretações musicais do Tommy
limitavam-se a guitarradas amorfas.
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Encetei um verdadeiro curso
de meses de história do "rock",
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escrita de letras, atenção à imagem,
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e treino vocal.
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No fim, dei-lhe de presente
o nome artístico:
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Tommy Gnosis, a palavra grega
para "conhecimento".
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Colaborávamos. As canções
explodiam de dentro de nós.
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Surgiram as adolescentes.
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Passados três meses,
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éramos mais populares
que os camiões TIR no wichita.
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Com tanto dinheiro a entrar, pude
dedicar-me só à nossa carreira.
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Éramos muito felizes.
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Querido, o que se passa?
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O meu pai! A merda dos meus pais!
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Ainda me deitas a casa abaixo. Vem cá.