:35:01
Muito bem dito, Duque.
Sim, deixem-me apresentar-vos. O escritor.
:35:04
- O escritor?
- Sim, estávamos a ensaiar o canto.
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Espera que eu acredite que, tão pouco
vestida, nos braços de outro homem,
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a meio da noite, dentro de um
elefante, estava a ensaiar canto?
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Como vai o ensaio?
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- Devemos começar do princípio?
- Espero que o piano esteja afinado.
:35:23
- Desculpe. Tenho de estar a postos.
- Posso oferecer-lhe uma bebida?
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Oh, minha deusa!
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Quando, há pouco, lhe disse essas palavras,
encheu-me de inspiração.
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Sim, percebi quanto trabalho havia a fazer,
por isso convoquei todos para
um ensaio de emergência.
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Se estão a ensaiar,
onde está Zidler?
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- Não incomodámos o Harold.
- Caro Duque, peço imensa desculpa.
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Harold, conseguiste. Tudo bem.
O Duque tem conhecimento
do nosso ensaio de emergência.
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- Ensaio de emergência?!
- Para integrar a ideia artística do Duque.
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Estou certa que o Audrey
ficará encantado...
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- O Audrey deixou-nos.
- O quê?
- O gato fugiu do saco.
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Sim, o Duque é já um grande fã
do trabalho do nosso novo escritor.
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- Por isso está tão interessado em investir.
- Investir?
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Investir!
Oh, sim, claro, investir!
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Dificilmente me pode acusar
de tentar esconder...
:36:11
- Christian.
- Christian.
:36:13
- À sua frente, Zidler.
- Meu caro Duque.
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Porque não vamos até ao meu gabinete
para tratar da papelada?
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- Qual é a história?
- A história?
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Claro, se vou investir,
tenho de conhecer a história.
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Ah, sim.
Claro, a história é acerca...
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Toulouse?
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Bem, a história... a história é acerca...
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- Bem, é acerca...
- É acerca do amor...
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- Amor?!
... amor que ultrapassa todos os obstáculos.
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E é passado na Suiça!
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- Suiça?!
- Na exótica Suiça!
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Índia, Índia!
Passa-se na Índia!
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E há uma cortesã.
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A mais bela cortesã do mundo.
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Mas o seu reino é invadido por um terrível marajá!
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Para salvar o seu reino,
tem de seduzir o terrível marajá.