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Os dentes do Frank Sangster.
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A Jean deu ordens num aspecto.
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Insistiu nos armários corta-fogo,
para guardar os vídeos.
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Jenson! Chega aqui.
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Estou a arranjar-me para ti.
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Temos imagens
suas gravadas,
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a dar um tiro na cabeça do dentista.
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- Tem ideia do que queremos saber.
- Não estou a fugir aos factos.
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Está sempre a fazer
as mesmas perguntas.
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E continua a dar quatro respostas
diferentes.
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Quando disser o que queremos saber...
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- Estou a ser honesta consigo.
- Está a ser honesta?
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É uma ofensa verbal!
Não tolero esse...
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Sabe do que se trata?
Do resto dos seus dias.
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Deixem-me!
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Não vai a lado nenhum. Respire fundo
e comece a contar do princípio.
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É perder tempo! Eu sei
como lhe arrancar a confissão.
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Vai buscar o raio do gelo
e começa a deitar-lhe uns cubos.
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Eles fazem milagres
quando não se quer colaborar.
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Vá! Desembuche!
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Diga tudo o que queremos.
Vou contar até 1.
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Um!
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Nunca mais vi a Jean.
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Mas ela era uma miúda com saída.
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Decerto fez muitos amigos.
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O Matulão fica aqui.
A Mitzi vai para ali.
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O Ursinho vai para ali.
E a Piggy fica ali.
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O Macaco vai para ali.
E o Skippy para ali.
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Nessa noite, já tarde,
fui com a Susan para o aeroporto,
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e fugimos tranquilamente do país.
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Levou um tempo,
mas com o dinheiro do livro,
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escrito sob o pseudónimo
de Harlan Sangster,
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comprámos uma quintinha em França.
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Mas não vos digo onde.
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Meses depois, dei uma escapadela
com a Susan ao dentista local
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e fiz-lhe a desvitalização
de que precisava.
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Disse que foi a melhor
que lhe haviam feito.