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Fiz metade do trabalho,
recebo metade da recompensa.
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Passa-me essa rocha,
a que parece a tua cabeça.
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- Sai daqui!
- Sai tu.
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- Larga!
- Larga tu.
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- Pedaço de asno!
- Ogre malcheiroso.
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Está bem!
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Volta. Ainda não acabei.
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- Pois eu já.
- Só pensas em ti.
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Pois olha! É a minha vez!
Por isso cala-te e ouve!
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És mau para mim. lnsultas-me
e não aprecias nada que eu faço.
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Estás sempre a dar-me ordens
ou a afastar-me.
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Sim? Se te trato tão mal,
porque voltaste?
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Porque é isso que os amigos fazem!
Perdoam-se uns aos outros!
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Tens razão, Burro, perdoo-te...
Por me teres atraiçoado!
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Estás tão envolvido em camadas
que tens medo dos teus sentimentos.
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- Vai-te embora!
- E tu a dar-lhe!
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Como com a Fiona, e ela gosta de ti,
talvez até te ame.
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Amar-me? Ela disse que
eu sou feio, uma criatura horrível.
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Ouvi-vos a falar os dois.
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Ela não estava a falar de ti.
Estava a falar de outra pessoa.
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Não estava a falar de mim?
Então era de quem?
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Não digo mais nada.
Não me queres dar ouvidos, pois não?
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- Não!
- Está bem. Desculpa, sim?
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Desculpa.
Não passo dum ogre estúpido e feio.
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Perdoas-me?
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Os amigos são para essas coisas.
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- Pois é. Amigos?
- Amigos.
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Então...que disse a Fiona de mim?
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Porque me estás a perguntar a mim?
Porque não lhe perguntas a ela?
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O casamento!
Não vamos chegar a tempo.