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Não me parece.
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Mas ando a modos que a lê-la,
e a escrevê-la depois.
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Foi no meio do deserto,
no meio do nada,
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mas a caminho de Las Vegas,
por isso,
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de tempos a tempos,
um carro aparecia para abastecer.
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Era a última bomba antes de Las Vegas.
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O posto tinha uma cadeira,
uma caixa registadora...
:41:27
Não cabia mais nada.
:41:30
Estava a dormir
e ouvi um barulho.
:41:35
Como se fosse dentro da minha cabeça.
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Levantei-me e saí para fora,
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e fiquei parado sob o alpendre
onde terminava o posto,
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sabes, por onde os carros entram.
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Esfrego os olhos,
a tentar ver o que e passa,
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e ao longe, do outro lado do posto,
:41:57
havia umas pilhas de pneus
acorrentadas.
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Assim, com correntes à volta, sabes?
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E estava uma Econoline parada.
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Havia um gajo, em tronco nu,
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a carregar a carrinha...
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com os pneus.
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Agarrou nos dois últimos pneus,
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empurrou-os para dentro,
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e eu, é claro, virei-me para ele e
"Ei, você aí!"
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O gajo volta-se...
está em tronco nu...
:42:30
transpira...
é sólido como um muro...
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saca dum facalhão...
- uns 30 centímetros -,
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e começa a correr para mim,
a toda a velocidade.
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Penso:
:42:49
"Há aqui qualquer coisa errada."
Volto para dentro,
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enfio a mão atrás da caixa registadora,
onde o dono guarda a pistola,