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A sociedade é uma fraude
tão completa e venal...
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que exige ser destruída a um ponto
de não poder ser recordada.
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Onde houver fogo, levaremos gasolina.
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Rompa-se com o "continuum"
da experiência do dia-a-dia...
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e com as expectativas normais
que lhe são próprias.
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Para vivermos como se, na realidade,
alguma coisa dependa da acção individual.
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Para quebrarmos o feitiço ideológico
do comodismo social do consumo...
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e os desejos oprimidos, de natureza
mais autêntica, se possam emancipar.
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Para acentuar o contraste entre
o que a vida é, e o que poderia ser.
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Para nos afundarmos no esquecimento dos
actos, conscientes de o estarmos a fazer.
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A intensidade não terá paralelo com
nada anterior, na vida de todos os dias...
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nas trocas de amor e ódio,
de vida e morte,
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terror e redenção,
repulsa ou atracção.
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Uma afirmação de liberdade
tão inconsequente e inqualificável,
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que se converta numa recusa total
de limites ou restrições.
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- Ei, velhote, que estás aí a fazer?
- Não tenho a certeza.
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Precisas de uma ajuda para descer?
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Não me parece.
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Imbecil.
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Não é pior do que nós.
Só acção, sem teoria.
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Nós somos só teoria...
sem acções
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Porque está tão absorto,
Sr. Deborg?
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O que faltava parecia inalcançável.
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A extrema incerteza...
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da subsistência sem trabalho...
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legitima os excessos...
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e rompe com o definitivo.
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Para citar Stevenson:
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"O suicídio levou muitos.
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"A bebida e o demónio...
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tomaram conta do resto."