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Uma em que você fosse mesmo boa.
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Eu tive boas notas em Higiene.
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Perfeito, você queria ser freira.
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Freira?
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Onde nasceu?
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Numa quinta de galinhas
nos arredores de Lopac.
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Bela casa, sente o luxo com refinamento.
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Onde estão os seus pais agora?
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Provavelmente na porta da frente
debaixo do alpendre...
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Estão mortos. A fortuna da família escoou-se.
Foi educada como uma Santa.
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Depois casou para fugir de casa.
Ficou miserável, sozinha, infeliz.
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Claro que você mergulhou num mundo
nojento, naquela cidade.
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Jazz, cabarets, bebida.
Mergulhou no fogo como uma traça.
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Uma traça?
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Agora os homem são condescendentes,
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e você é uma borboleta!
Esmagada debaixo de uma roda
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Espere, o que disse?
Sou uma traça ou uma borboleta?
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-Você pecou e está arrependida.
-Meu Deus, isso é lindo.
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Deixe Deus de fora.
Fique-se por onde está mais à vontade.
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Miúda, quando acabar contigo
não só serás absolvida,
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como todos os homens daquele Júri vão querer
levar-te a casa para conheceres as mães deles.
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Nasci numa pequena aldeia Sulista.
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-O quê?
-Grande merda!
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Nunca vou aprender a fazer isto!
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Pára de te lamentares, e olha,
a partir de agora,
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não te enganas mais.
Agora tenta outra vez.
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-Eu nasci...
-Força...
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Sabes o que vou fazer no
banco das testemunhas?
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Pensei em ficar com os olhos cheios
de lágrimas e pedir-te o teu lenço.
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Depois olhava para o Júri assim.
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E mostrava um pouco da coxa,
o que é que achas?
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Parece-me estupendo.