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Vá lá, Bruce, de que tens medo?
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Da natureza auto-destrutiva
da condição humana.
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- Só dizes trapalhices.
- Achas que sim?
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- E tu, Spoon?
- Castração.
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Isso nem se questiona.
Joe?
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Apenas uma coisa me
deixa cagado de medo:
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um jogo decidido
nas grandes penalidades.
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Compreendo.
Terry?
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Assistir às grandes penalidades...
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... com o Joe.
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- E tu, Coop?
- Aranhas
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e mulheres.
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E...
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... mulheres-aranha.
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Quero saber o que mete medo
ao sargento.
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Cala-te, pá! Nada mete medo
ao sargento.
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Tenho as minhas dúvidas.
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Pensar que posso não voltar a ver
a minha esposa deixa-me borrado.
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Isso e aquelas pequenas coisas
que provocam arrepios
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e eriçam os pêlos
da parte de trás do pescoço.
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Como o Spoon?
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Não.
Na verdade,
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há algo de que me lembrarei
até ao dia da minha morte.
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Em 1991, precisamente antes da minha
unidade ter voado até ao Kuwait,
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para limpar o que restava
da resistência.
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Eu e um jovem camarada,
chamado Eddie Oswald,
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decidimos fazer uma tatuagem
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para comemorar a nossa primeira
viagem ao deserto.
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Recordo-me dele. Era um gajo rijo, com
nariz partido e um olho torto, certo?
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Esse mesmo. Homem bem-parecido.
Um garanhão com as mulheres.
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Bem... Eu e o Eddie
bebemos uns copos.
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Muitos copos.
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E fomos até uma loja de tatuagens.
Tatuei um Ratazana do Deserto,
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e o Eddie, sendo quem é,
queria algo com mais significado.
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Sendo que ainda era crente,
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disse que a sua alma
pertencia a Deus,
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mas a sua carne
já não tinha salvação,
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e só Satanás podia
salvar a sua pele.
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Por isso, tatuou um diabo
sorridente no meio do cu.