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Júlio Verne. Mesmo ao seu gosto,
imagino.
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- Fotónico, não é?
- Ou o que resta disso.
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O que resta de todos.
Sou o último.
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"E estes fragmentos
juntei às minhas ruínas," T.S. Eliot.
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Não o conhece, tão depressivo, mas,
ao mesmo tempo, tão divino.
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Lamento.
A biblioteca está fora de servico.
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Não há problema. Tenho tudo aqui,
todas as páginas de todos os volumes.
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- Sabes dizer o que está a acontecer?
- As fontes não são actualizadas...
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...e a minha informacão é anedótica.
O que era uma corrida, são agora duas.
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Uma em cima, outra em baixo.
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Duas espécies distintas
que se desenvolveram.
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- E como sobrevive a de baixo?
- É essa a questão, não é?
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Não acredito nisto.
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Se não gosta das respostas,
evite fazer as perguntas.
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Olhe para eles.
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Não têm conhecimento do passado.
Não têm ambições para o futuro.
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Tão sortudos.
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Por que dizes isso?
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Consegue imaginar
o que é recordar tudo?
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Lembro-me da criança que perguntou
sobre dinossauros há 800 mil anos.
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Lembro-me do último livro
que recomendei.
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Look Homeward, Angel, de Thomas
Wolfe. E sim, até me lembro de si.
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Viagem no tempo.
Aplicação prática.
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Que sabes sobre os Morlocks
se não consegues sair daqui?
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Um Eloi conseguiu escapar.
Contou-me tudo.