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Quando eu era pequena, tudo era
distinto.
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Vivíamos no campo. No Essex.
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Lembrança que cruzava os campos pela
manhã
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e via as telarañas nas árvores.
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Eram como nuvens de musselina.
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As que fazem as aranhas?
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Telarañas.
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Pois claro. Quem mais faz telarañas?
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E então,
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quando me aproximava,
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via que não eram de musselina.
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Eram rodas.
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Umas rodas grandes e brilhantes.
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E sabe que mais?
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O que?
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Se sabia aonde olhar,
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podia ver as bolsas com os ovos.
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Eram umas cositas perfeitas,
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uns bolsos de seda que fazia para pôr
seus ovos.
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O que lhe passou detrás pôr os ovos?
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Essa parte você gosta, verdade?
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Começou a afastar-se,
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sem olhar atrás nenhuma só vez.
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E então morreu.
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Seu trabalho parecia. Já não ficava
seda.
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Estava seca e vazia.