Carandiru
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:10:03
mas não vão a lugar nenhum!
:10:05
Doutor, são sete mil homens
na cadeia!

:10:08
Só aqui nesse pavilhão, são 1 800.
:10:11
Seu Pires, se eles entenderem
como se pega AlDS...

:10:11
Seu Pires, se eles entenderem
como se pega AlDS...

:10:14
pra mim já é um adianto.
:10:15
Eles pegam a doença é aqui dentro.
Transam com a mulher...

:10:17
com a namorada...
Daì a epidemia não pára mais.

:10:20
Quem vai ouvir seus conselhos,
doutor, é o malandro de verdade!

:10:24
Aquele que quer sair inteiro daqui,
pra assaltar de novo lá fora.

:10:28
essa é a vida dele.
:10:29
Que seja. Mas agora estão é vivendo
num foco da doença, Sr. Pires.

:10:35
Estão presos aqui.
:10:36
Presos? Eles são os donos
da cadeia, doutor.

:10:39
lsso aqui só não explode
por que eles não querem.

:10:42
Deus te abençoe, minha filha.
:10:46
Eu não sabia que cê tinha famìlia,
velho.

:10:50
Eu achava também
que tinha perdido ela.

:10:53
Toda uma vida preso...
:10:55
mas mesmo assim criei dezoito filho...
:10:57
e nenhum deles pisô numa delegacia.
:11:01
Essa menina, é a minha caçula.
:11:03
Ela disse que não se lembra mais
do meu rosto e decidiu vim me visitá.

:11:09
Eu queria que o senhor autorizasse
a encontrá co´ela...

:11:13
fora do dia de visita.
:11:15
Eu não quero filho meu
no meio da malandragem.

:11:18
Assim o senhor me complica.
:11:21
E se os outros sete mil
me pedem a mesma coisa?

:11:25
Com licença.
:11:33
Bom dia.
:11:53
Fazê compra, doutor?
Café, açúcar, um chocolate...

:11:56
sabonete, pasta de dente?
:11:58
A bagana de maconha tô fazendo por
dois maços de Marlboro. Tá afim?


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