Carandiru
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1:02:00
tô com um problema aì
prá gente debatê.

1:02:04
O problema tem nome?
1:02:06
Ezequiel. Diz que vai pagá o bagulho
e não paga...

1:02:09
e ainda me pede mais fiado, mano.
1:02:12
Chega no meu barraco subindo a voz,
Nego. Qualé?

1:02:16
-E tu?
-Eu?

1:02:19
Se não recebo, eu não tenho como
pagar o Majestade.

1:02:23
Eu quero permissão pra matá esse
pilantra.

1:02:25
Se eu deixo por isso mesmo...
1:02:27
eu perco o respeito co´s
companheiro aqui dentro.

1:02:29
Calma.
1:02:32
Vou mandá dizê pro Ezequiel que
arrume o teu dinheiro com a famìlia.

1:02:36
Se ele não pagar, aì você tá liberado.
1:02:51
Sem Chance, esse homem
já perdeu um pulmão.

1:02:53
E o outro, tá bem comprometido.
1:02:55
Toma o remédio, mano. Vai.
1:02:59
Olha aì, doutor,
não tá querendo tomar.

1:03:01
Ô, meu, parece criança. Tem que
tomar ou então você não cura.

1:03:07
Tó, Vamo lá.
1:03:10
lsso...
1:03:16
Vamo lá!
1:03:19
Aiee.
1:03:25
E lá fora, ele fazia o quê?
1:03:28
A gente fazia assalto de carro forte.
1:03:30
Planejavamo tudo só nóis dois,
hein, mano, tá lembrado?

1:03:35
Doutor, eram cinco ou seis meses
só pegando informação...

1:03:38
fazendo amizade até com as famìlia
dos segurança.

1:03:40
E isso dá dinheiro?
1:03:42
Porra, doutor, dá muito, né.
1:03:44
Agora, o dinheiro só vale a metade.
1:03:46
A outra parte, a gente põe
na poupança...

1:03:48
que é pra enfrentar os dias
de dificuldade.

1:03:51
Ou pra comprar polìcia.

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