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- Eu não lhe dei nada.
- teu corpo?!
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Se Alice chegasse até ti,
desesperada,
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com todo aquele amor ainda por ti
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e Ihe dissesse que
queria uma última
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vez para superar,
tu aceitarias.
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Eu também não gostaria disso,
mas eu te perdoaria.
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- É compaixão
- Não. Cobardia.
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Não têns coragem
de deixá-lo odiar-te.
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Vou fazer isso porque
me sinto culpada
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e por pena de ti,
sabes disso, não é?
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Sim.
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- Sentes-te
bem contigo próprio?
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- Não.
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Já era.
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- Já não és nenhuma inocente.
- Não!
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Não pares de me amar.
Dá para ver o amor se esvaindo.
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Sou eu. Lembras-te?
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Foi uma estupidez e
não significou nada.
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Se realmente me amares,
vais me perdoar.
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- Estás a testar-me?
- Não.
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- Eu entendo!
- Não, ele é que entende.
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Tudo que consigo ver é
ele em cima de ti.
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Ele é esperto.
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O teu ex-marido.
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Eu quase o admiro.
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Vais contar-lhe?
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Não sei.
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É melhor seres honesta sobre
esse tipo de coisas.