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- Sim, é meu irmão.
- É adoptado?
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A minha mãe adoptou-o a Sally Struthers,
há anos.
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"Pelo custo
duma chávena de café diária".
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Ela era daquelas "Como podes
ficar quieta e não ajudar as crianças?".
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E não pudemos ficar quietos
e não ajudar as crianças.
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Começamos a enviar-lhe fotografias
e cartas durante anos...
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mas eu comecei a patinar,
e esquecemo-nos dele.
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Um dia recebemos uma chamada
e era Titembay.
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Estava na tinturaria da esquina.
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E disse: "Estou em Rutgers.
Vivo num dormitório...
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estou habituado a viver numa tribo.
Prefiro viver com uma família".
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E ficou a viver connosco.
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Nossa.
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Sim. Eu sei.
É um rapaz incrível.
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Devias ouvir os seus relatos.
Lutou muito porque queria estudar.
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Quando penso no que conseguiu,
sinto que sou preguiçosa, sabes?
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Estuda direito penal em Rutgers,
e quando era criança...
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era daqueles que tinham moscas
na cara.
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Nossa.
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Isso é uma loucura.
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Sim, eu sei. Mas é a verdade.
Não minto.
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- É Cosquilla.
- O que é Cosquilla?
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É o que mais gosto.
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É o que fica de Nana, minha manta.
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Cosquilla é o único que fica?
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- Houve um furacão?
- Cala-te.
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Não, tenho-o desde pequenina.
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Trouxeram-me nela do hospital.
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- É o Muro das Lamentações.
- Quê?
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O Muro das Lamentações é...
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o lugar mais sagrado, onde os judeus
vão rezar em Israel.
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É o que resta do grande templo
destruido pelos romanos.
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És judeu.
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- Quê?
- És judeu, verdade?
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- Sim és judeu.
- Não. Sou judeu, mas não realmente judeu.
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Não faço nada judeu.
Não vou à missa nem nada.
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Não conheço judeus
que vão à missa.
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Os que conheço vão um dia.
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- Em Eum Kippur, o Dia do Perdão.
- Sim.