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Raios, David.
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Esta é forte. Devias cortá-la.
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A puta nem sequer sabia distinguir
entre cocaína e heroína.
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Foda-se. Era a única coisa que tinha,
e não tive coragem de lhe dizer.
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Mas bem, ela eventualmente
descobriu.
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É sempre assim.
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Em poucas semanas,
o negócio era um êxito.
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Toda a gente queria
o que eu tinha para oferecer.
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Eu já nem tinha que fingir que era coca.
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E quanto à Janet...
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Cortem, cortem! Caramba!
Vamos fazer outra, por favor.
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- Ela não estava bem.
- O que se passa, amor?
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Não parece que tenhas forças.
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Ei! Precisamos de ti nesta cena.
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- Mas ainda tinha o emprego.
- Imbecil.
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Sim, a Janet estava mal...
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mas eu cuidava dela.
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Depois de tudo, foi boa e
apresentou-me aos amigos.
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Às vezes, divertia-me a ver o programa
e perguntava-me...
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se o resto do mundo notava
que as personagens estavam drogadas.
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Ria-me só de ver
esses filhos da puta...
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porque sabia que era
capaz de os destruir...
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bastava apenas puxar o gatilho.
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- És um cabrão imbecil.
- Sim, mas não podes viver sem mim.
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Achas?
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Pensei que, se vivesses em L.A
demasiado tempo, ficasses mais polido.
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- Graças a Deus, estava enganada.
- Mas o que seria de ti sem mim?
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Como queiras.
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Vais ver.
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Ah, sim. Viu-o, sem dúvida.