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Sinto-me como se devesse estar
zangada com aquela criança, aquela...
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rapariga ingénua.
Ou que não a devia perdoar...
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por não reconhecer a
natureza daquele monstro.
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Por não estar alerta naquilo
em que se estava a meter.
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E especialmente por ter
continuado sem pensar.
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Porque eu não era uma Nazi fanática.
Poderia ter dito, em Berlim:
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"Não, não o vou fazer. Não quero
ir ao Quartel-General do Führer".
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Mas não fiz isso.
Estava demasiado curiosa.
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Também não me apercebi...
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que o destino me levaria a algum
sítio onde não queria estar.
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Mas, mesmo assim, acho difícil
perdoar-me a mim mesma.
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As senhoras são aqui.
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- Está confirmado.
- Elas podem passar.
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Novembro de 1942
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"Wolfsschanze" Quartel-General do Führer