Melinda and Melinda
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1:31:04
Quem conta um conto acrescenta um pouco.
Ouvimos uma história, sabemos pormenores.

1:31:09
Moldamos a história e tornamo-la uma
tragédia - a queda de uma mulher apaixonada.

1:31:15
E é assim que tu vês a vida.
1:31:16
Enquanto tu pegas nos pormenores
e mete-los numa história romântica cómica.

1:31:21
Óptimo. É a tua visão da vida.
1:31:23
Mas é óbvio que não há uma essência
definitiva que se possa eleger.

1:31:28
Bem, existem momentos de humor.
Eu gosto de explorá-los.

1:31:31
Mas eles existem
dentro de um contexto de tragédia.

1:31:35
Vocês vão todos ao funeral do Phil Dorfman
na semana que vem?

1:31:38
Ele teve um ataque cardíaco. Acabara de
receber o seu cardiograma, que estava bem.

1:31:43
- Detesto funerais.
- Eu também. Riu-me nos momentos errados.

1:31:47
Aí está. Rimo-nos porque disfarça
o nosso verdadeiro terror à mortalidade.

1:31:53
Eu não quis que começássemos
a falar de funerais.

1:31:55
Como é que o mundo pode ter alguma piada
se nem podemos confiar num cardiograma?

1:32:00
- Eu quero ser cremado.
- Agora? Ou depois de morreres?

1:32:04
Vamos mudar de assunto.
Viemos até aqui para nos divertirmos.

1:32:08
Vamos brindar aos bons momentos.
Trágicos ou cómicos,

1:32:11
a coisa mais importante a fazer
é gozarmos a vida enquanto podemos

1:32:15
porque só passamos por cá uma vez,
e quando acabar, acabou.

1:32:18
E, com um cardiograma ou não, quando
menos esperamos, pode acabar assim.


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