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Não vim cá pela festa.
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Vim cá por ti.
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Ando a observar-te há vários dias.
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És tudo o que um
homem pode desejar.
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Não é apenas o teu rosto,
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a tua figura,
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ou a tua voz.
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São os teus olhos.
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Tudo o que vejo nos teus olhos.
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O que vês nos meus olhos?
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Vejo uma calma doida.
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Estás farta de fugir.
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Estás pronta a enfrentar
o que tiveres de enfrentar.
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Mas não o queres
enfrentar sozinha.
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Não...
Não o quero enfrentar sozinha.
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O vento torna-se eléctrico.
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Ela é macia,
quente e quase sem peso.
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O seu perfume é uma doce promessa
que me traz lágrimas aos olhos.
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Digo-lhe que vai tudo correr bem.
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Que vou salvá-la do que teme,
e vou levá-la para bem longe.
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Digo-lhe que a amo.
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O silenciador transforma
o tiro num sussurro.
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Abraço-a até morrer.
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Nunca saberei do que fugia.
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Vou levantar o seu
cheque pela manhã.