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O jantar!
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Como está o gambo?
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Ainda não comecei? Quer
açúcar para o chá? Eu ponho.
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- Acho que não quero açúcar esta noite.
- Achei que gostasse.
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Você sempre toma
chá com açúcar.
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Você acha que sou senil,
não é?
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Fantasmas no sótão.
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- Feitiços no meu marido.
- Eu só não entendo.
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Por que os fantasmas
o enfeitiçaram, mas não a mim?
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Também estive no sótão.
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Talvez porque não
creia neles.
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Talvez todas as casas
tenham espíritos...
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mas só são vistos
por quem acredita.
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Não estou com muita fome.
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Não se mexa.
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Vou buscar velas. Coma
seu gambo! Que coisa!
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Então...
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Voltei rápido. Pronto.
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- Foi à tempestade ou os fantasmas?
- Bem,
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Pode falar o que quiser dos espíritos,
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mas sempre quis saber se há
algo que possam nos ensinar.