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e nos eléctrodos, que a maioria pensa
que são parafusos através do pescoço.
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Mas são o modo como a electricidade
era para entrar no corpo dele.
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Há um pólo positivo e um negativo,
como numa bateria.
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Porque tudo funcionou com
os contornos da cara do Karloff,
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ele era capaz de expressar toda
uma gama de emoções
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que outros não conseguiam maquilhados
quando ensaiaram para o papel.
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Isso faz parte da beleza
desta maquilhagem.
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Ele era capaz de representar com ela
porque muito disso era a cara dele.
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Se lhe tivessem posto muito mais em
cima, ele teria ficado muito rígido.
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O colóide não é de facto muito flexível,
em especial se misturado com algodão.
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Não era só a maquilhagem que era árdua,
pô-la e tirá-la todos os dias,
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levava de três a três horas e meia para
a pôr e quase o mesmo para a remover...
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O próprio guarda-roupa
era pesado e escuro,
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e eles filmaram em meados de Agosto.
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As botas eram pesadas e incómodas.
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Sei que houve um dia bem torturante, que
acho que foi um dia de quase 24 horas.
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Ser maquilhado assim, estar ao ar livre.
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Acho que filmaram a cena
em que se atira a menina para a água
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e depois tiveram de voltar
e filmaram outra coisa qualquer.
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E não foi nada divertido
para o Boris, tenho a certeza.
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A parte mais difícil da filmagem foi
o meu pai carregar com o Colin Clive
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pelo monte acima repetidamente
até eles acertarem com a cena.
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No fim, ele acabou por
fazer três operações às costas.
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Ele ficou mesmo a sofrer
para o resto da vida, fisicamente,
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apenas por causa das dificuldades
físicas ao filmar esse filme.
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O designer Herman Rosse concebeu
um ar futurista para Frankenstein,
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mas, em conjunto com o director artístico
Charles Hall e do Whale,
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o filme assumiu um ar distintamente
gótico, com ângulos e sombras,
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seguindo a visão expressionista
inicial do Robert Florey.