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De início, esta sequência de abertura
começava com um plano muito geral
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do cortejo do funeral a subir o monte.
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Foi cortada na montagem,
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mas surgiu na sequência retrospectiva
em A Noiva de Frankenstein.
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A câmara segue os enlutados na
horizontal e acaba numa estátua...
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e a estátua é a da Morte.
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Aqui conhecemos o Henry Frankenstein,
desempenhado por Colin Clive,
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e o ajudante dele,
desempenhado pelo Dwight Frye.
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Esta sequência não é extraída
do romance,
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nem de qualquer das adaptações
teatrais que se seguiram.
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Mas o romance que gerou
o fenómeno Frankenstein
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era bastante diferente
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das inúmeras dramatizações que se
seguiram em palco e no ecrã.
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Quando é que começou
a saga de Frankenstein?
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Começou numa noite tempestuosa,
em Junho de 1816,
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com uma mulher de 19 anos que estava
deitada e meio-acordada num chalé
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nas margens do Lago Léman na Suíça.
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Mary Wollstonecraft Godwin estava
lá com o seu amante, mais tarde marido,
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o poeta Shelley.
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Juntamente com o seu vizinho Lord
Byron, o médico dele, o Doutor Polidori,
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e a meia-irmã de Mary, Claire,
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juntavam-se aos serões frios e húmidos
e liam alto histórias de espíritos.
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Num dos serões Byron sugeriu que
escrevessem uma história sobrenatural.
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Noutra noite, Mary ouviu uma discussão
intensa entre Shelley e Byron
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sobre a natureza
do princípio da vida,
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e sobre se este pode vir a ser
descoberto e comunicado.
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De acordo com Mary,
a conversa incluiu a especulação
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de que talvez um cadáver
pudesse ser reanimado,
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as componentes
da criatura podiam ser manufacturadas,
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montadas
e imbuídas de calor vital.