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com uma mulher de 19 anos que estava
deitada e meio-acordada num chalé
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nas margens do Lago Léman na Suíça.
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Mary Wollstonecraft Godwin estava
lá com o seu amante, mais tarde marido,
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o poeta Shelley.
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Juntamente com o seu vizinho Lord
Byron, o médico dele, o Doutor Polidori,
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e a meia-irmã de Mary, Claire,
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juntavam-se aos serões frios e húmidos
e liam alto histórias de espíritos.
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Num dos serões Byron sugeriu que
escrevessem uma história sobrenatural.
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Noutra noite, Mary ouviu uma discussão
intensa entre Shelley e Byron
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sobre a natureza
do princípio da vida,
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e sobre se este pode vir a ser
descoberto e comunicado.
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De acordo com Mary,
a conversa incluiu a especulação
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de que talvez um cadáver
pudesse ser reanimado,
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as componentes
da criatura podiam ser manufacturadas,
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montadas
e imbuídas de calor vital.
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Depois de ir para a cama, ela escreveu
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"Não dormi,
nem posso dizer que tenha pensado."
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"Eu vi - de olhos fechados,
mas com uma visão mental precisa -
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eu vi o pálido estudante
das artes profanas
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ajoelhado ao lado da coisa
que tinha construído."
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E aqui está Frankenstein literalmente
a atirar com terra à cara da morte.
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"Eu vi o fantasma hediondo
de um homem estendido,
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e a seguir, por força de
um motor poderoso, mostra sinais de vida
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e mexe-se num movimento inquieto
e meio-vital."
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"O seu sucesso aterrorizava o artista."
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"Ele fugiria da sua odiosa
obra manual acometido de terror."
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"Não conseguia libertar-me do meu
fantasma - continuava a acossar-me."
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"No dia seguinte, anunciei que
tinha pensado numa história."
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O Shelley encorajou-a
a desenvolver a ideia.
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Ele ajudou-a também a editar
o manuscrito como este ia evoluindo.