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Por cima da abertura no tecto
do laboratório
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os electricistas operavam
grande máquinas de relâmpagos,
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que emitiram raios de luz intermitente
e chuviscos de faíscas.
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Boris Karloff lembrava anos mais tarde
"A cena deixou-me muito apreensivo,
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porque enquanto estava meio nu e
amarrado à mesa do Frankenstein,
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podia ver por cima de mim
os tipos dos efeitos especiais
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a agitarem filamentos incandescentes
que soltavam relâmpagos."
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"Esperando que ninguém lá em cima
tivesse as mãos rotas."
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James Whale mais tarde falou
da importância da cena da criação:
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"Considero a criação do monstro
o ponto mais alto do filme,
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porque se o público não acreditasse que
a coisa tinha sido mesmo feita,
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não se ia incomodar a saber
o que este iria fazer posteriormente."
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"Por esta altura o público tem pelo menos
de acreditar que vai acontecer algo."
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"Pode vir a ser um desastre, mas pelo
menos sentam-se a ver o espectáculo."
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As frases "Pelo nome de Deus" e "Agora
sei o que é sentir-me como um Deus"
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foram eliminadas por alguns grupos
de censura locais e regionais.
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E em 1937, o Production Code Office
exigiu que as frases,
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entre outros aspectos,
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fossem definitivamente eliminadas
para aprovar a reedição.
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Ao longo do filme, as cenas de incrível
intensidade e de impacto dramático
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são aliviadas por cenas
relativamente suaves.
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Aqui ficamos a conhecer o pai
do Henry, o Barão Frankenstein,
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representado pelo actor britânico
Frederick Kerr,
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que trabalhara recentemente
com o Whale em A Ponte de Waterloo.
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Por acaso, o barão refere aqui "um velho
moinho arruinado" onde está o filho.
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Nos primeiros esboços, o laboratório de
Frankenstein era num moinho arruinado.