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O Herr Victor Moritz.
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Victor.
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- Ainda bem que vieste.
- O que é, Elizabeth?
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- Oh, tens notícias do Henry.
- Sim. Pela primeira vez em quatro meses.
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Acabou de chegar.
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- Victor, tens de me ajudar.
- É claro que te vou ajudar.
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Estou com medo.
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Já li isto várias vezes, mas não passam
de palavras que não consigo perceber.
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Escuta.
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"Tens de acreditar em mim,
Elizabeth. Espera."
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"O meu trabalho tem de vir primeiro,
até mesmo primeiro que tu."
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"À noite, o vento uiva
nas montanhas."
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"Não há cá ninguém."
:09:43
"Os olhos indagadores não conseguem
perscrutar o meu segredo."
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- Que quer ele dizer?
- O que é que ele diz a seguir?
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"Vivo numa torre de vigia abandonada
perto da cidade de Goldstadt."
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"Só cá está o meu assistente
para me ajudar com as experiências."
:10:00
- As experiências dele.
- Sim, é isso que me assusta.
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No dia do anúncio do nosso noivado,
ele falou-me das experiências dele.
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Disse que estava para descobrir algo tão
terrível que duvidava da sua sanidade.
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Ele estava com um olhar estranho.
Um mistério qualquer.
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As palavras dele deixaram-me arrebatada.
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É claro que nunca duvidei dele. Mas não
consigo deixar de ficar preocupada.
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Agora vem esta carta. Esta incerteza
toda não pode continuar. Tenho de saber.
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Victor, tu tem-lo visto?
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Sim. Há cerca de três semanas.
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Encontrei-o a andar sozinho nos bosques.
Ele também me falou do trabalho dele.
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Pedi-lhe se podia
visitar o laboratório dele.
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Olhou para mim
e disse que não deixava ninguém ir lá.
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- Os seus modos eram muito estranhos.
- O que vamos fazer?
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- Se ele estiver doente...
- Não te preocupes.
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Vou falar com o Dr. Waldman, o velho
professor de medicina do Henry.
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Talvez ele me possa
contar mais sobre isto.
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Victor, és um amor.
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Sabes que ia até ao fim do mundo
por tua causa.
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Eu não ia gostar disso.
Estou demasiado afeiçoada a ti.