Frankenstein
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:10:00
- As experiências dele.
- Sim, é isso que me assusta.

:10:03
No dia do anúncio do nosso noivado,
ele falou-me das experiências dele.

:10:07
Disse que estava para descobrir algo tão
terrível que duvidava da sua sanidade.

:10:11
Ele estava com um olhar estranho.
Um mistério qualquer.

:10:15
As palavras dele deixaram-me arrebatada.
:10:18
É claro que nunca duvidei dele. Mas não
consigo deixar de ficar preocupada.

:10:22
Agora vem esta carta. Esta incerteza
toda não pode continuar. Tenho de saber.

:10:27
Victor, tu tem-lo visto?
:10:29
Sim. Há cerca de três semanas.
:10:32
Encontrei-o a andar sozinho nos bosques.
Ele também me falou do trabalho dele.

:10:35
Pedi-lhe se podia
visitar o laboratório dele.

:10:38
Olhou para mim
e disse que não deixava ninguém ir lá.

:10:41
- Os seus modos eram muito estranhos.
- O que vamos fazer?

:10:45
- Se ele estiver doente...
- Não te preocupes.

:10:47
Vou falar com o Dr. Waldman, o velho
professor de medicina do Henry.

:10:51
Talvez ele me possa
contar mais sobre isto.

:10:53
Victor, és um amor.
:10:55
Sabes que ia até ao fim do mundo
por tua causa.

:10:58
Eu não ia gostar disso.
Estou demasiado afeiçoada a ti.

:11:01
Quem me dera que estivesses.
:11:05
- Victor.
- Desculpa.

:11:11
Boa noite, Victor. E obrigada.
:11:14
Boa noite. E não te preocupes. Prometes?
:11:17
Não prometo.
:11:24
- Victor.
- O que é?

:11:28
- Eu vou contigo.
- Não podes!

:11:30
Tenho de ir. Estou pronta num instante.
:11:37
O Herr Frankenstein é um jovem muito
brilhante, e contudo tão errático.

:11:41
Ele aflige-me.
:11:43
Estou preocupada com o Henry.
Por que é que ele deixou a universidade?

:11:47
Ele estava a sair-se tão bem
e parecia tão feliz com o trabalho dele.

:11:52
As pesquisas dele no campo do
galvanismo químico e da electrobiologia

:11:56
eram demasiado avançadas para as
nossas teorias aqui na universidade.


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