:11:01
Quem me dera que estivesses.
:11:05
- Victor.
- Desculpa.
:11:11
Boa noite, Victor. E obrigada.
:11:14
Boa noite. E não te preocupes. Prometes?
:11:17
Não prometo.
:11:24
- Victor.
- O que é?
:11:28
- Eu vou contigo.
- Não podes!
:11:30
Tenho de ir. Estou pronta num instante.
:11:37
O Herr Frankenstein é um jovem muito
brilhante, e contudo tão errático.
:11:41
Ele aflige-me.
:11:43
Estou preocupada com o Henry.
Por que é que ele deixou a universidade?
:11:47
Ele estava a sair-se tão bem
e parecia tão feliz com o trabalho dele.
:11:52
As pesquisas dele no campo do
galvanismo químico e da electrobiologia
:11:56
eram demasiado avançadas para as
nossas teorias aqui na universidade.
:12:00
Aliás, tinham atingido
um estado muitíssimo avançado.
:12:02
Estavam a tornar-se perigosas.
:12:06
O Herr Frankenstein mudou imenso.
:12:08
Quer dizer que mudou
em resultado do trabalho dele?
:12:10
Sim. O trabalho dele.
:12:12
A ambição louca dele
de vir a criar vida.
:12:16
Como?
:12:20
Conte-nos tudo por favor,
seja o que for.
:12:23
Os corpos que usamos agora,
que dissecamos para utilizar na aula,
:12:26
não eram suficientemente perfeitos
para as suas experiências.
:12:29
Queria que lhe fornecêssemos
outros corpos,
:12:32
e nós não quisemos dar-lhe pormenores
sobre onde e como os arranjávamos.
:12:37
Eu disse-lhe que os pedidos dele
eram irracionais,
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por isso ele deixou a universidade
para trabalhar sem estorvo.
:12:43
- Encontrou o que precisava noutro sítio.
- Os corpos de animais.
:12:46
Ora, o que vale a vida
de uns coelhos e cães?
:12:49
Não está a perceber o que estou a dizer.
:12:52
O Herr Frankenstein estava
apenas interessado na vida humana.
:12:56
Primeiro para a destruir,
em seguida para a criar.