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Vejo fotos de chineses sob ataque...
e penso no meu tio.
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Se um guerrilheiro russo é enforcado...
penso nele.
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Vejo o Mike morto
e penso no meu tio.
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Não tenho espaço aqui
para ver um colega ser enterrado.
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Ainda não. Só depois de fazer algo
para acertar contas.
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Por isso,
como e durmo a pensar no meu tio.
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Zanguem-se comigo, palermas.
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- Desculpa, Latas.
- Sentido.
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À vontade.
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- Pensam no Mike?
- Sim, nosso capitão.
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Bem...
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Nos submarinos,
oficiais e praças são mais chegados
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do que nos outros ramos da Marinha.
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O Mike esteve comigo
na primeira patrulha.
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Era meu amigo.
Conheco a família dele.
.
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A esposa dele
é uma mulher com um grande coração.
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Conheco os filhos dele.
.
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Lembro-me do orgulho do Mike
quando comprou patins para o filho.
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Eram os melhores patins que havia.
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Para um puto com cinco anos.
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O japonês também teve uma prenda
aos cinco anos.
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Só que a dele foi um punhal.
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O pai dele deu-lhe um punhal
para ele saber o que devia ser.
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Os japoneses
têm uma cerimónia para isso.
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Aos sete anos, uma criança japonesa
aprende a marchar.
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Aos 13 anos,
monta uma metralhadora vendada.
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O japonês começou há 20 anos
o que o levou a apunhalar o Mike.
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Há vários Mikes
a morrer neste momento.
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E muitos mais Mikes morrerão
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até acabarmos com um sistema
que põe armas ao alcance de crianças.
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Sabem...
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se o Mike cá estivesse para se exprimir,
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ele diria que foi por isso que morreu.
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Para que haja mais patins neste mundo.
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Incluindo para a próxima geração
de miúdos japoneses...