1:42:08
Viste algum movimento após os tiros?
- Não, senhor.
1:42:11
O que achas?
- Acho que não.
1:42:15
Porque não?
Eles sabiam que iam morrer.
1:42:18
É melhor do que ser bombardeado
ou capturado, não achas?
1:42:21
Acho que é um truque.
Então e os aviões?
1:42:24
Já deviam ter
chegado há muito tempo.
1:42:28
Quantos tiros contaste?
- Cinco. - É impossível
1:42:32
estarem mortos. Não me quero
estar a esconder de homens mortos!
1:42:37
Acho que devíamos
esperar pelos aviões, senhor.
1:42:45
Oisparem se ainda
estão vivos, cobardes!
1:42:48
Oisparem contra o homem
que não tem medo de vocês.
1:42:52
Oisparem suas esfregonas.
1:43:00
Agora acreditas em mim?
Não sobreviveu ninguém ali.
1:43:05
Tu! Vai lá e vê!
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Não ouviste?
- Sim, meu capitão. - Então vai!
1:43:14
Não ouviste? - Sim, ouvi.
- Então porque é que não vais?
1:43:19
Eu não quero, meu capitão.
- Tu não queres?
1:43:23
Tenho medo.
- Capitão Mora! - Tenente Berrendo!
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Se calhar o soldado tem razão.
- Tem razão para ter medo
1:43:30
e desobedecer a uma ordem?
- Não senhor, que é um truque.
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Estão todos mortos, já disse.
- Quer dizer o nosso colega de cima?
1:43:39
Tem razão.
- Muito bem. O atirador fica aqui.
1:43:44
Trato dele mais tarde,
nós os dois vamos lá acima.
1:43:48
Eu não. - O quê? - Eu vou se me
ordenar, mas contra a minha vontade.
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Não. Eu vou sozinho. Aqui
está a cheirar muito a cobardia.