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Agora acreditas em mim?
Não sobreviveu ninguém ali.
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Tu! Vai lá e vê!
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Não ouviste?
- Sim, meu capitão. - Então vai!
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Não ouviste? - Sim, ouvi.
- Então porque é que não vais?
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Eu não quero, meu capitão.
- Tu não queres?
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Tenho medo.
- Capitão Mora! - Tenente Berrendo!
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Se calhar o soldado tem razão.
- Tem razão para ter medo
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e desobedecer a uma ordem?
- Não senhor, que é um truque.
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Estão todos mortos, já disse.
- Quer dizer o nosso colega de cima?
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Tem razão.
- Muito bem. O atirador fica aqui.
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Trato dele mais tarde,
nós os dois vamos lá acima.
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Eu não. - O quê? - Eu vou se me
ordenar, mas contra a minha vontade.
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Não. Eu vou sozinho. Aqui
está a cheirar muito a cobardia.
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Assassinos! Cobardes!
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Oisparem! Matem-me!
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Conseguem-me ouvir?
Não, não me conseguem ouvir.
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Pensam que sou um cobarde
como os outros? Oisparem!
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Matem-me!
- "Oisparem! Matem-me!"
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Cobardes!
- Olha para ele a vir!
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Verme! - Mas que animal!
- Oisparem se estão vivos!
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Olha ele a andar mais depressa!
- Bandidos! - Esta foi para mim!
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Ouvem-me? - Esta levamos connosco!
- Não, vocês não me ouvem.
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Continua a andar!
- Cobardes!
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Olha para as estrelas... É um capitão.
Peito para fora, pequeno capitão!
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Vou-te matar com uma bala.
- Vai! Ainda é longe, capitão.
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Vermes!
- Só mais um bocadinho...
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Oisparem, seus cobardes,
se estiverem vivos!
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Vem mais perto, companheiro!
Vem mais perto.
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Não me ouvem?
1:44:59
Não me conseguem ouvir.