:06:01
	- Que estas a fazer?
- Não esta trancada.
:06:04
	Melhor. E mais perigoso. A fechadura
é muito velha e não funciona.
:06:08
	Quem me dera que funcionasse
e que ele ja estivesse fora daqui.
:06:11
	Quem me dera que fosse outro.
:06:13
	Ja é um pouco tarde para isso,
não achas?
:06:17
	Quem preferias que fosse?
O Kenneth?
:06:20
	Não sei.
Suponho que tão bem...
:06:23
	ou tão mal, servia um como o outro.
:06:26
	Tu, talvez. Tu assustas-me.
:06:30
	Sempre o fizeste.
Desde o primeiro dia no colégio.
:06:34
	Deve fazer parte do teu encanto.
:06:40
	Estava so a brincar, Brandon.
:06:42
	Não sei aceitar isto como tu,
por isso tenho de brincar contigo.
:06:47
	- Mas é uma parvoíce, não achas?
- Tens razão.
:06:52
	Posso tomar uma bebida agora?
:06:56
	Claro, isto merece ser festejado.
Pede champanhe.
:07:00
	- Champanhe?
- Ja pus algum no frigorífico.
:07:03
	- Quando fizeste isso?
- Antes do David chegar.
:07:06
	- Tinhas a certeza que ia dar certo.
- Claro.
:07:09
	Sabes que so faço uma coisa
se for para ser perfeita.
:07:12
	Sempre desejei ter
mais talento artístico.
:07:15
	O homicídio também pode ser arte.
:07:18
	O poder de matar pode satisfazer
tanto como o poder de criar.
:07:24
	Ja reparaste que fizemos
exactamente o que planeamos?
:07:29
	E nada correu mal. Foi perfeito.
:07:33
	- Sim.
- Um crime imaculado!
:07:35
	Matamos
pelo prazer do perigo e de matar.
:07:39
	Estamos maravilhosamente vivos!
:07:41
	Nem o champanhe
é bastante bom para esta ocasião.
:07:45
	- Mesmo assim, eu bebo.
- Ja não tens medo, pois não?
:07:49
	O medo não é para nos. E isso
que nos distingue do homem vulgar.
:07:54
	Ele apenas fala
em cometer o crime perfeito.
:07:56
	Ninguém comete um crime...
so pela experiência.