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Ela tinha este tubo na mão?
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Sim. Do seu dispensário.
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Entendo. Desde quando a conhece?
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Mais ou menos 5 minutos.
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Vai precisar de auxílio
durante uns dias.
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E a ambulância?
- É inútil.
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Ela está fora de perigo.
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Lá no hospital, fariam um inquérito,
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e ela iria para a cadeia
por tentativa de suicídio.
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Dentro de 2 dias, ela ficará óptima.
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Daqui até lá, deixe-a descansar.
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Se tiver sede,
dê-lhe sumo de laranja.
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Amanhã, se tiver fome, dê-lhe canja.
Mas nada de conservas.
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Se vier ao dispensário
daqui a 10 minutos,
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terei uma receita para si.
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Para mim?
- Não, para ela, claro.
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Dói-lhe a cabeça?
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Onde estou?
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No meu quarto, no segundo andar.
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O que aconteceu?
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Ao chegar a casa,
cheirou-me a gás no seu quarto.
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Arrombei a porta
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e trouxe-a até aqui.
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Havia de me ter
deixado morrer.
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Porquê tanta pressa?
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A menina sofre?
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É a única coisa que conta.
O resto é fantasia.
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Tantos anos para formar
a consciência humana,
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e você quer apagar tudo?
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Apagar o milagre da existência?