:32:01
Ao falar assim das minhocas.
:32:03
Porque não?
Até as moscas são românticas.
:32:06
As moscas?
- Sim.
:32:08
Nunca as viu chegar até às mesas,
:32:10
voar atrás umas das outras
no açúcar e na manteiga?
:32:15
Alguma vez leu "Vida da Abelha"?
- Não.
:32:17
A vida da abelha
vai de bulha na bolha.
:32:20
Ai é?
:32:22
Santinha!
- Isso sim.
:32:24
Perdão?
- Nesse traje, parece uma santinha.
:32:27
Tanto pó, querida,
tanto pó. Vir-se.
:32:31
Mas onde a guardam?
Na prateleira de cima?
:32:36
Pó talco? Não. Óleo?
Já sei: açúcar!
:32:39
Já pensou nisso?
O motivo da vida é o amor.
:32:43
Que lindo!
:32:45
Não é nada.
- Claro que é.
:32:47
Ao contrário, é baixo, horrível...
mas maravilhoso!
:32:50
Gosto muito de si.
- Sim?
:32:52
É sensível, sabe sentir as coisas.
:32:55
Não me incite.
:32:56
É verdade. Poucas pessoas
têm a capacidade de sentir.
:33:00
Ou a oportunidade.
:33:05
Permita-me.
:33:07
Use-a como quiser.
:33:35
Entre.
:33:39
Bom dia. Como se sente?
:33:41
Muito melhor, obrigada.
:33:43
Que lindo dia!
:33:45
O sol brilha e o aluguer está pago.
:33:49
Vai haver um sismo.
Sinto-o, sinto-o.
:33:53
Que quer almoçar?
:33:55
Temos ovos, presunto,
queijo, cebolas de primavera...