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Como no meu sonho.
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Actuávamos juntos.
O tema era a primavera.
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Interessante.
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Sonho com ideias fantásticas
e depois esqueço-as.
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Ando a sonhar muito com teatro,
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com antigos números meus.
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Olhe só.
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Arengues.
Não são lindos?
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O que foi?
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As minhas pernas!
Tentei levantar-me e cai!
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Nem me seguro de pé!
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Ainda é cedo.
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Não é isso.
Não tenho qualquer sensação nelas.
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Estão paralisadas! Eu sei!
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Após o pequeno almoço,
iremos ver o médico.
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É melhor ir para o hospital.
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Vamos primeiro ouvir
o que diz o médico.
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Não posso ficar aqui a incomodá-lo.
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Não me queixei.
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Deveria queixar-se.
Sou tão chata...
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Mas a culpa não é minha,
você salvou-me a vida.
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Todos nós erramos...
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Lamento.
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Isso, pode...
Uma jovem com ideias suicidas...
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Quando tiver a minha idade,
terá amor à vida.
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Porquê?
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Quer-se viver,
nem que seja só por hábito.
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Um hábito sem esperança.
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Se não tem esperança,
viva para o presente.
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Ainda tem... Ainda tem...
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Ainda tem momentos
maravilhosos.
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Quando não há saúde...
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Há seis meses,
deram-me por morto, mas lutei.
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Tem que fazer o mesmo.
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Cansei-me de lutar.
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Porque luta contra si própria.
Não tem qualquer hipótese!
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Mas a luta pela felicidade é linda.
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A felicidade...
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Tal coisa existe.
- Onde?
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Quando era criança, passava o tempo
a pedir brinquedos ao meu pai,
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e ele dizia-me: "Aqui tens
o maior brinquedo do mundo.