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Perdi o contacto com o público.
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Foi isso que me levou a beber.
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Precisava de estar bêbedo
para ter piada.
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E mais eu bebia...
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Era um círculo vicioso.
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O que aconteceu?
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Tive um ataque. Quase morri.
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Continua a beber?
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Às vezes,
quando me ponho a pensar.
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A pensar em coisas más, como você.
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Mas pronto, que quer almoçar?
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É triste ser cómico.
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Muito triste
quando o público não ri.
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Mas que alegria
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quando se olha e se ouvem
as gargalhadas,
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essas ondas de risos
chegar até si.
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Falemos de coisas mais alegres.
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Aliás, quero esquecer o público.
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Mentira. Ama-o demasiado.
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Talvez o ame, mas não o admiro.
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Eu creio que sim.
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Cada indivíduo, sim.
Há grandeza em cada um.
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Mas a multidão
é um monstro sem cabeça
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que nunca sabe para onde virar,
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que pode ser levada
por qualquer um.
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E o seu pequeno almoço?
Quer uns ovos moles?
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Entre.
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Um telegrama.
- Obrigado.
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Está-se a sentir mal?
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Estava à espera disto.
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Uma boa notícia?
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Redfern, o meu agente,
quer-me ver.
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Fantástico!
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Tem razão.
Chegou o momento decisivo.
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Eles quiseram despedaçar-me,
matar o meu espírito,
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e agora reclamam-me.
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Hoje vão pagar o desprezo
e sua indiferença.