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Era inevitável.
Eu tinha-o dito. Lembras-te?
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Um jantar num terraço do Tamisa...
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É mentira!
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Á luz das velas,
ele dirá que te ama.
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E tu lhe dirás que sempre o amaste.
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Mas eu não o amo! Nunca o amei!
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Era a música, a arte dele!
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Um mundo ao qual
não tinha direito.
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Ficam tão bem juntos.
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Mas eu não o amo! Nunca o amei!
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Por favor, acredite em mim!
Tem que acreditar!
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A dança foi espectacular,
mas a comédia não valeu nada.
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Temos que despedir o palhaço.
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Já pedi à agência
para me mandarem outro.
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Sabe quem é ele?
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Mesmo se fosse o próprio Calvero,
não tem graça.
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Pois é ele mesmo.
- O quê?
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O Calvero, sob outro nome.
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Porque não me disse nada?
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Ele não queria.
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Pobre Calvero. Bem, é diferente,
teremos que guardá-lo.
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A comédia não é assim
tão importante.
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Mas eu não o vi no jantar
da primeira noite.
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Não veio. Foi por isso
que a Thereza abalou.
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Que tem ela a ver?
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Vai casar com ele.
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Com aquele velho patife?
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Deus abençoado,
ainda há esperança para mim.
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São horas dos ensaios.
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Espere um pouco.
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Vou pedir à agência
para cancelar o outro palhaço.
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Se acabar cedo,
não espere por mim.
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Tenho muitas coisas a fazer,
mas chegarei às 6h.
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Calvero!
- Griffin!
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Há tanto tempo!
Onde andas a trabalhar?
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Ando à procura dum emprego.
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A agência mandou-me aqui
assistir aos ensaios.
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Da arlequinada?
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Parece que o palhaço é fraco.