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Estou a contar-lhe o que fazemos na agência
quando chegamos a um impasse destes numa reunião.
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Há sempre um fulano
com uma ideia pronta.
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É de morrer a rir.
É a coisa mais estranha,
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o modo como à vezes
a ideia é precedida de uma frase.
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Como um executivo de contabilidade
que se levanta e diz:
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"Ok, tenho uma ideia. Vamos pô-la no mastro
da bandeira e ver se alguém a saúda."
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Quer dizer, é idiota, mas é engraçado.
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Eu... enervei-me um bocado há pouco.
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Eu... não queria ser desagradável.
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Ainda bem que você não é desses que se
deixam influenciar por estes apelos emocionais.
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Não sei o que se passa
com aquela ventoinha.
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- Você é vendedor?
- Sou arquitecto.
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Sabe o que é a venda persuasiva?
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Pois você tem jeito, acredite.
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Eu uso uma técnica diferente.
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Gargalhadas, copos, piadas, está a ver?
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Sim.
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Apanhá-los onde eles vivem,
é o meu lema.
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O ano passado ganhei 27 mil
dólares a vender doces de fruta.
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Não é mau. Quer dizer, tendo
em conta que são só doces.
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Onde é que está a querer chegar com isto?
Divertir-se?
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Ou alguém lhe bateu na cabeça
e você ainda não conseguiu ultrapassar?
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- Talvez.
- Vocês, os "bons samaritanos" são todos iguais.
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Perdem sempre a cabeça
por um gajo que se espalhe.
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Mas porque nos está a
fazer perder tempo?
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Porque não se limita a doar 5 dólares pela
causa. Talvez isso o faça sentir-se melhor.