:35:00
- Já ouvi o bastante.
- Não vou medir palavras...
:35:03
Se continuar assim,
vou mandar prendê-lo.
:35:06
O coronel tem razão,
embora esteja sendo grosseiro.
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lsso não é um julgamento,
se assemelha a um...
:35:12
e o coronel Dax, tecnicamente,
está no papel de defensor.
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Dadas as acusações, um tribunal
lhe daria espaço para se defender.
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Espaço é uma coisa,
insubordinação é outra.
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Estou emitindo
uma opinião, general.
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Não se sinta
obrigado a aceitá-la.
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Estou disposto
a aceitá-la, Gal. Broulard.
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Lamento, senhor.
Não quis ser insubordinado.
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Só pretendo lembrá-lo
do heroísmo desses homens...
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em todas as ocasiões passadas.
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Não falamos do passado,
mas do presente.
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Mas o senhor não vê?
Eles não são covardes.
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Se alguns ficaram nas trincheiras,
foi por impossibilidade.
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Ordenaram-lhes atacar.
Era dever deles obedecer.
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Não podemos deixar que decidam
se uma ordem é viável.
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A impossibilidade só poderia
ser provada por seus cadáveres...
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nas trincheiras.
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Eles são a escória, coronel.
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Esse regimento podre
é um bando de chorões covardes.
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Acha mesmo isso?
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Acho.
Acho precisamente isso.
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Ademais,
trata-se de fato incontestável.
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Por que não fuzilar
o regimento todo? Falo sério.
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Não entendeu. Não queremos
aniquilar o exército francês...
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mas apenas fazer
disso um exemplo.
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Se é assim, fiquem comigo.
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- Com você?
- Sim, senhor. Como exemplo...
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um homem serve
tanto quanto cem.
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A escolha lógica é o oficial
responsável pelo ataque.
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Ora, coronel.
Está se excedendo.
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Essa não é
uma questão de oficiais.
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Paul, não queremos
exagerar aqui.
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Falemos de uma dúzia.
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Eu queria cem homens.
Já reduzimos para 12.
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Paul, não discutamos mais.
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Vamos resolver de uma vez,
para poder conviver com isso.
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Talvez eu estivesse ansioso
demais para fazer justiça.