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Olha. Olha lá para cima.
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Vês?
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O poço de petróleo,
a bombear dinheiro...
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Oinheiro...
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Não achas que eu podia ter
enriquecido? Na minha posição?
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E o que é que eu tenho?
- O que se passou com o Grandi?
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Oepois de 30 anos? Uma pequena
criação de perus. Uns hectares.
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Temos que falar sobre o Grandi.
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Um bófia honesto.
E depois aparece esse mexicano!
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Olha os sarilhos que ele me arranjou!
- A culpa não é do Vargas.
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O Vargas é o culpado de tudo.
- Não seja louco.
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Se não fosse ele, o Grandi não teria
podido fazer chantagem comigo.
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Você está louco!
- Claro que estou louco.
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Você matou o Grandi. - Oeixar a
bengala ao pé dele foi mesmo de louco.
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Vamos por partes:
O que é feito da arma do Vargas?
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Estava a falar da minha bengala.
- A arma! - Esqueci-me.
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A pistola que lhe tirou da mala. A
pistola do Vargas!
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Só queres falar do Vargas!
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Você tirou a arma da mala,
mas não a usou.
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O Grandi foi estrangulado. - Ele era
um criminoso. - Você é um assassino.
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Sou um polícia.
- Sim, sim, sim...
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E está tão bêbado e louco como
quando o estrangulou, possivelmente
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estava a pensar na sua mulher,
e como ela foi estrangulada.
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Acho que estou sempre a pensar nela.
Bêbado ou sóbrio.
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Que mais tenho em que pensar,
a não ser no meu trabalho sujo?
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Não precisava de o ter sujado.
- Nem o fiz. Vê nas actas.