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Sei tão pouco.
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É como se percorresse um longo corredor,
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outrora espelhado, e onde ainda há
fragmentos desse espelho pendurados...
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e quando chego ao fim do corredor...
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só há escuridão.
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E eu sei que quando entrar na escuridão...
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morrerei.
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Nunca cheguei ao fim.
Voltei sempre antes de lá chegar.
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-Excepto uma vez.
-Ontem?
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E não soube o que aconteceu
até se encontrar comigo.
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Não sabia onde estava.
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Mas as pequenas cenas, os fragmentos
do espelho, desses lembra-se.
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-Vagamente.
-De que se lembra?
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Há uma sala...
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onde estou sentada sozinha.
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-Sempre sozinha.
-E que mais?
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-Uma campa.
-Onde?
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Não sei. É uma campa aberta e...